Broken wings, broken hearts

Onde vai parar esse mundo? Estava vindo para o escritório e tinha uma pomba com a patinha quebrada, andando com dificuldade na rua. Eu olhei pra ela com piedade, e olha que eu não gosto nada de pombas. Você acredita que um cara simplesmente CHUTOU a pomba com o pé, de propósito? Ele não pode nem dizer que fez isso sem querer, porque dava pra desviar do pobre animalzinho. Coitado do bichinho, que não fez nada além de existir e estar machucado na frente do cara. Não consigo entender porquê um ser humano faz isso com outro ser, seja humano, animal ou mesmo inanimado. É muita raiva no coração das pessoas!

Estava assistindo uma palestra sobre budismo com a Marcia Baja. Na verdade, eu coloco no meu Ipad e vou dormir entretida com a voz suave e as pausas dela hahahaha, dessa maneira, quem sabe os novos ensinamentos budistas entrem na minha mente de forma inconsciente, durante o sono, tipo uma hipnose budista?

Anyway, ela fala uma coisa muito legal.
A gente não sai na rua de qualquer jeito, a gente não sai de casa pelado, de pantufa, com uma meia de cor diferente da outra. A gente se preocupa muito com isso, com a casca das coisas, com nossa aparência, com as coisas mundanas. Mas por que a gente sai na rua com a mente e o coração descontrolado, destemperado, desequilibrado? Dando chutes e murros sem pensar em quem atingimos? Construindo muros e atirando pedras? Por que as pessoas não conseguem acalmar o coração, colocar mais paz na mente e nos pensamentos?
Esse é um reflexo do mundo de hoje, um mundo egocêntrico, cheio de medos e frustrações, onde as pessoas tem sonhos frustrados, corações partidos e muito medo de voar. Eu tento pensar positivamente, refletir que existe mais bem do que mal no mundo (e há, acredite). Mas tem vezes em que os atos dos seres humanos me assustam e me enojam. É só abrir a página dos jornais. É só ver um rapaz achar normal chutar um bicho na rua, só porque sim. É só ver como estamos desumanizando o mundo e o ser humano. Mesmo assim, o bem sempre vence, precisamos acreditar nisso e continuar lutando. Que meu trabalho inspire pelo menos algum ato caridoso em pelo menos uma pessoa, já está valendo meu dia hoje.

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